
André Arthur é promessa do tênis masculino do projeto Tênis na Lagoa
Aluno do projeto desde os 9 anos, aos 14 o jovem tenista já participa de competições nacionais
André Arthur é um menino de 14 anos que desde os 9 anos treina no projeto Tênis na Lagoa. Levado pela mãe de uma amiga que mora na mesma comunidade, a Cruzada São Sebastião, entre a Lagoa Rodrigo de Freitas e o Leblon, André aprendeu não só a praticar um esporte, mas também a sonhar com um futuro de sucesso. “Se eu não entrasse no projeto Tênis na Lagoa, ia ficar largado por aí, no meu bairro”, contou André, que aos 12 anos começou a competir nos torneios de tênis infantojuvenis.
Fã do tenista brasileiro João Fonseca e do tenista francês Arthur Fils, André Arthur mora com a mãe e a irmã, que também ingressou no projeto. O irmão do pequeno tenista treina remo no Clube de Regatas Vasco da Gama. O esporte incentivou o menino a continuar na escola e se esforçar com os estudos. “Pra continuar no projeto, tenho que ir pra escola. Então eu tenho uma rotina, escola de manhã, almoço e treino à tarde”, explicou André, que também já trabalha como rebatedor para os professores de tênis. Ele diz que é um pouco bagunceiro na escola, mas tira boas notas.

André Arthur, à esquerda, participa de Etapa da Rota Sudeste, no Espirito Santo.
O apoio dos professores de tênis e da mãe tem sido essencial para que André continue nesse rumo. “Minha mãe me dá muita força, mas meu pai mora longe e ainda não deu pra ele me ver jogando”, lamentou. André espera ter sucesso no Brasil e até mesmo no exterior a partir desse contato com o esporte. Ele considera o projeto um bem enorme para a vida das crianças das comunidades da Zona Sul do Rio de Janeiro. “Muitos iam ficar na rua sem fazer nada, mas vem pra cá treinar”, relatou.
A experiência de viajar para participar de torneios também influenciou muito nas expectativas de André Arthur. Conhecer lugares e pessoas novas fez com que ele aprendesse novas formas de viver e se relacionar. “Isso faz diferença pra mim, até nas perguntas que aparecem na escola”, concluiu.
Texto: Luciana Doneda
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