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Professor de tênis, Eduardo Gomes fala sobre sua experiência no TNL

Eduardo Gomes em treino da Equipe de Competição do TNL

Foi na Barra da Tijuca, em 2014, que o destino de Eduardo Gomes e do Projeto Tênis na Lagoa se encontraram. Durante um torneio de tênis em que foi levar sua filha para competir, Eduardo conheceu Alexandre Borges, fundador do TNL. Na época, Alexandre era treinador da adversária de sua filha, o que não impediu os dois de conversarem. Foi quando ele ficou sabendo do Projeto. Pouco tempo depois, os dois se reencontraram durante uma edição do Rio Open. “Ele falou que estava montando uma equipe e gostaria de saber se eu queria participar. Acabou dando tudo certo e em abril de 2014 começamos a trabalhar juntos”, conta.

O motivo que fez Eduardo cair como uma luva nos planos de Alexandre foi sua longa carreira no tênis. O Flamenguista apaixonado, hoje com 52 anos, passou por quase todas as funções no esporte. Começou como boleiro, depois rebatedor, aprendeu a jogar e se lançou nas competições. Quando percebeu, já era auxiliar de professores. “Aí fui estudar pra poder me formar como professor. Fiz vários cursos, sempre na área, e nunca tive outro trabalho paralelo. Minha vida sempre foi voltada e dedicada ao tênis”, conta Eduardo.

A dedicação ao tênis se uniu, então, à capacidade de mudar vidas por meio do projeto social realizado nas quadras do Rio de Janeiro. “O esporte pode ensinar muita coisa. Ele é uma ferramenta de inclusão poderosíssima porque ensina sobre respeito, disciplina, e que o meu direito termina quando o do colega começa”, afirma. “Não existe diferença quando você pratica o esporte. Se é rico, pobre. Não tem diferença de cor, raça, religião. Todo mundo tá ali em prol de uma coisa saudável que é praticar a modalidade tentando fazer o seu melhor”, completa.

Os ensinamentos transmitidos para os alunos, como ele mesmo diz, vão muito além dos fundamentos do tênis. Segundo Eduardo, sua relação com as crianças e adolescentes do TNL chega a se aproximar com a de pai e filho em alguns casos. “A gente tem grupos diversos, desde bem pequenos, de 5, até 18 anos. É uma relação muito boa e sadia. Eu me sinto muito feliz e honrado por estar participando, um pouco que seja, da formação da personalidade e do caráter dessas crianças que estão passando aqui pelo Projeto”, afirma o professor.

O Tênis na Lagoa, no entanto, não possibilita aos alunos somente o aprendizado esportivo e o de valores, mas acesso à novas experiências. Uma delas acabou se tornando um momento especial também para o treinador. Segundo Eduardo, a participação dos atletas do TNL na Semana Guga Kuerten, em Santa Catarina, “foi uma experiência fantástica”. “É um torneio de uma grandeza ímpar. Pudemos conhecer o Guga. Ele é um ídolo, nacional, internacional. Conhecê-lo foi uma das coisas mais marcantes que a gente teve no Projeto”, conta animado.

De experiência em experiência, lá se vão 7 anos de Eduardo no Tênis na Lagoa. Para o professor, sua maior contribuição em relação aos alunos é como cidadão em busca de uma sociedade melhor. “É pra que eles possam ter um futuro melhor daqui pra frente. Se a gente puder contribuir pra isso, já é motivo de muito orgulho e satisfação”, afirma. Para definir o Projeto, ele cita uma frase do filósofo Mario Sergio Cortella: “Faça o seu melhor, na condição que você tem, enquanto não tem condições melhores para fazer melhor ainda”. “Pra mim o Tênis na Lagoa é isso”, diz.

Laryssa Bach

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